Testar Transformador de linhas(Flyback)
O Transformador de linhas(Flyback) é o componente que, em conjunto com a fonte de alimentação, mais avarias tem. As avarias acontecem sobretudo por causa das elevadas tensões de funcionamento, no entanto, nem sempre é fácil verificar se está ou não em boas condições.
Teste de abertura ou curto entre enrolamentos
Se tiver o esquema do TV, usando a escala de 10K, verifique a continuidade das bobinas de acordo com os pinos do fly-back indicados no esquema. Também faça o teste de curto entre um enrolamento e outro. Lembre-se: o fly-back deve estar fora do TV.
No exemplo acima, os pinos 1,2,3 e 5 devem conduzir entre si, mas não podem conduzir com 4,6,7,8 e 9. Se não tiver o esquema do TV, usando a escala de 10K separe os pinos do fly-back em grupos. Se algum dos pinos onde passa o +B para o colector do saída horizontal conduzir para algum pino que vai para a massa(terra), o trafo está em curto. Se sobrar algum pino que não conduz com nenhum outro, veja se há alguma pista na placa do TV. Se não existir, é normal. Se houver trilha neste pino, o fly está aberto.
Teste de curto circuito no condensador interno
Usando o multímetro na escala de 10K, coloque uma ponta no terminal de saída de MAT e a outra em cada pino do fly-back. Se o ponteiro mexer em algum deles, o transformador de linhas está em curto.
Não é invulgar, a linha do +B ficar interrompida, criando carvão junto ao pino do trafo, nesse caso existe continuidade mas com uma resistência elevada, o que inviabiliza o funcionamento.
Testar Flyback no Circuito
Traduzido e adaptado do original de Bob Parker - http://members.ozemail.com.au/~bobpar/
O componente responsável pela saída de alta tensão é o transformador de linhas, em Portugal o termo utilizado é “transformador de linhas”, no Brasil é mais comum o termo Flyback. Existem outros termos que definem exactamente o mesmo componente (LOPT, FBT), neste artigo usar-se-á o termo “FLYBACK” e “transformador de linhas”.
A avaria mais comum na etapa de saída horizontal é o excesso de consumo no circuito de alimentação +B, que passa pelo primário do flyback, a maior parte das vezes acompanhada de um curto-circuito entre o colector e o emissor do transistor de potência.. Existem alguns componentes que podem ser responsáveis pela falha, os mais comuns são, os díodos rectificadores, o secundário do flyback, o díodo de alta tensão de saída de MAT, deficientes soldaduras ou deficiente dissipação no transístor de potência ou interrupções nas ligações com as bobinas deflectoras (YOKE). No entanto, as falhas que os técnicos menos gostam, são curtos internos nas bobinas do transformador de linhas, Infelizmente cada modelo de TV ou monitor tem um flyback próprio desenvolvido e fabricado em função do seu próprio circuito, substituir o flyback para verificar se está a funcionar não é a melhor solução, mas sim uma solução alternativa por impossibilidade de um diagnóstico. Ao longo dos anos, muitas técnicas de diagnóstico e detecção foram desenvolvidas e melhoradas de modo a melhorar o diagnóstico e reparação dos circuitos horizontais. Os componentes ligados ao colector do Tr de potência do horizontal, o primário do flyback, as bobines do horizontal (yoke's) formam um razoável circuito ressonante com baixas perdas (high Q), muitas técnicas, incluindo esta, baseiam-se no facto de que avarias graves nesta área produzem um aumento das perdas no primário, ou seja, o factor Q baixa.
Este comprovador de transformador de linhas usa a técnica do (RING), usa-se está técnica porque é fácil de construir o circuito com componentes comuns, e os resultados são previsíveis sem necessidade de calibração.
Basicamente, o processo de (RING), deriva do facto de que aplicando um pulso rápido ao enrolamento primário do transformador de linhas a inductância e capacitância total do circuito produzem um pulso eléctrico (RING) que tem uma dezena de ciclos em CA, que vai decaindo até chegar ao seu valor minimo.
O oscilograma da Fig.1 - “A” mostra a forma de onda característica do colector do transistor de potência num televisor tipico a funcionar correctamente (neste caso – General Electric TC63L1), este oscilograma é a resposta a um pulso do comprovador, no entanto, se existirem perdas no circuito a amplitude decai rapidamente.
O oscilograma “B” mostra o efeito de um díodo em curto no mesmo televisor, mas, se o transformador estiver em curto o efeito é semelhante. Um curto no transistor de potência ou no condensador de oscilação, não produz nenhum RING.
Para fazer uma verificação inicial de um estágio horizontal , com este verificador, certifique-se que a TV ou o monitor estão desligados, descarregue os condensadores (!). Então, ligue simplesmente o verificador, ligue o terminal de massa ao chassis, o terminal ao colector do transistor, um díodo emissor de luz iluminar-se-á por cada ciclo alto aproximadamente 15% do pulso inicial , geralmente, se quatro ou mais díodos led acenderem, o horizontal está a funcionar. Devido à baixa tensão pode ser usado no circuito. Alguns transformadores podem acender um número de leds sempre igual, no entanto, se existir variação, ou se apenas os leds vermelhos acenderem existe um problema no circuito, que pode ir desde o transformador, aos díodos de comutação rápida, ou ao condensador de damper. Com a utilização fica com uma ideia precisa da avaria em relação ao chassis.
Medições e utilização
Nos primeiros 5us após o inicio de um novo pulso de 2ms, os shift registers ficam a zero em todas as saídas. Ao mesmo tempo um pulso positivo inicial é aplicado ao flyback que deriva pelas saídas do IC1b que está ligado á entrada de clock dos shift registers. colocando as entradas em LOW excepto se as entradas estiverem em curto(short) Se o flyback está bom, serão produzidas harmónicas nas centenas de micro-segundos seguintes. Por cada ring, que terá 15% do seu valor inicial, um saída ALTA aparece no shift register, resultando uma saída lógica 1 no IC2, pino 15 sobe um nível, não importa se o flyback produz mais de oito rings, os leds ficarão acesos. Assim, cada led ficará ON por cada ciclo que tenha 15% do valor inicial, e esta condição mantem-se até que se inicie um novo ciclo de 2ms.
O circuito:
Componentes
Esquema Ampliado
Um agradecimento ao Bob Parker pela autorização de tradução e publicação.