Sou o Moita Mattos, nascí e moro no Brasil, terra de políticos ladrões, vigaristas e safados. Estou na área de eletrônica ha uns 40 anos e estou pensando sériamente em parar com tudo, mas a necessidade fala mais alto e para quem ama a profissão, acho que não larga nunca, hehehe. Espero poder colaborar de alguma forma para com os companheiros. Tinha um sonho de morar em Portugal, até porquê sou descendente de portugueses, mas as coisas mudam com o tempo. Aquele abraço e estejam na paz.

Olá Moitta.

Meu bisavô era português. Acho que é por isto que eu gosto de estar aqui neste fórum. Mais próximo de Portugal...

Sou também um dos inúmeros técnicos brasileiros que de vez em quando pensam em desistir de tudo, fechar a oficina e procurar outra coisa.
Mas depois, vem algum ânimo e continuo.

Coragem!

Agradeço, companheiro. Na verdade, penso em parar por diversos motivos, um deles é a fato de que um técnico não é mais respeitado como antigamente (nem um médico), as pessoas não dão o devido valor à profissão e o fato de que os aparatos ficaram mais baratos e o poder aquisitivo também aumentou. É um tal de "esquecer" o aparelho na oficina que vou te contar, viu?....Já joguei no lixo toneladas de aparelhos. Mas, ainda dá prá sobreviver, eu diria. Desejo-lhe sucesso e aquele abraço!

Vocês fazem-me rir. Aqui em Portugal politicos ladroes, vigaristas e safados, também cá temos, felizmente esses são menos e a maior parte são serios. Quanto á profissão também as coisas não estão famosa e uma coisa é certa a reparação em eletronica der consumo tem os anos contados em todo o mundo. Em paises com um grande rendimento per capita como como a Suiça e Luxemburgo entre outros isso praticamente já nada se repara

Não há respeito mesmo. Muitos clientes tem um total desprezo pelo serviço. Acham o caminho da oficina para trazer, mas esquecem de retirar. Até mesmo os aparelhos de devolução que não têm que pagar nada.

Cada vez me convenço mais de que a reparação para consumidor final vai acabar.
Estou já me preparando para outros segmentos, direcionadas para empresas.
Enquanto isto, amargo no mesmo setor; apesar de gostar muito.

Ha alguns anos, após reparar um PS2, o cliente resolveu me vender. Relutei em aceitar pois teria que vender o mesmo para que o meu trabalho fosse pago... Por fim acabei comprando, pois cliente estaria em dificuldades financeiras e apenas queria ajudá-lo. Resultado: Surgiu uma idéia e acabei comprando uns jogos, coloquei na entrada da casa-oficina, a garotada gostou e eis que acabei montando uma pequena Lan-House de games e isso me ajuda no meu dia-dia. posso dizer que 80% da minha renda vem dos games, o resto é por conta da eletrônica.

Isto de vez em quando me acontece. Conserto o aparelho, e o cliente resolve me empurrar para vender para retirar o dinheiro do serviço.

Por meio da criatividade, você conseguiu mais rendimento.
É o que temos que fazer para conseguirmos sobreviver, especialmente nesta fase de grande crise no Brasil.
Temos que procurar novas atividades, novos clientes, etc.
Para nós (mais velhos) ainda dá para ir levando.
Mas para a juventude que se inicia...
acho que não devem nem se iniciar neste ramo de reparação de áudio e vídeo para consumidor final.

Desejo sucesso, a você e ao Divercentro.

Um abraço para todos.

Este é um espaço de língua Portuguesa não existe distinção em função da localização.

Saliente-se o facto de que, tanto Angola como Moçambique, embora menos participativos, tenham duplicado o número de visitas.

Antes eram as válvulas evoluiu-se para os transistores.
Dos transístores passou-se para os IC.
Os IC passaram ser digitais miniaturizados e com processamento.

Neste momento temos a "internet das coisas" temos de direcionar os nossos serviços para essa área incluindo a assistência remota(configuração, reconfiguração não só da TV mas de tudo o mais).
Espero nos próximos tempos ter informação no site de modo a fazer-se esta transição, interligação com redes, acesso remoto etc etc.

A juventude está a ir muito neste sentido, ou seja, raramente se repara uma placa de computador, (hoje quase só tem uma) mas, é frequente um técnico de informática não ter a noção de que a fonte não tem potência para suportar os dispositivos ligados... é neste sentido que temos de ir, ter conhecimentos informática mas com um suporte de eletricidade e eletrónica(coisa que não está a acontecer).

O Áudio mesmo de aparelhos antigos continua a reparar-se sem deitarem fora os aparelhos.
Existe um movimento no norte da Europa de modo a forçar os fabricantes a ter componentes de substituição e a permitir o "refurbished" das placas(reaproveitadas depois de reparadas, podem ser vendidas muito mais baratas).

A área de reparação de placas é uma em desenvolvimento e estou quase a fazer um site só para comercializar este tipo de produtos.

Para um técnico de electronica existe um mundo de opções, quase sempre somos reticentes à mudança mas temos de mudar.

Rui, concordo com tudo o que disse.

A atualização constante deve ser o objetivo principal do técnico.

Eletrônica e informática estão interligadas. Não tem como resolver os problemas dos serviços não tendo conhecimento das duas matérias.

A "internet das coisas" assusta, mas pode ser realmente um grande campo para os técnicos.

O conserto de aparelhos de áudio antigos e os de boa qualidade (inclusive aparelhos profissionais) é muito promissor. Esta é uma das áreas em que eu estou me empenhando mais.

Se as leis obrigassem os fabricantes a fornecerem peças e esquemas, ajudaria muito os técnicos.
Há muita falta de peças e principalmente de placas novas ou restauradas.

Acho que já falei demais, porque estou repetindo o que já disse.

Neste ponto, é justo que eu o cumprimente pelo site Electronica PT.
É o melhor site em língua portuguesa que existe.
E a língua portuguesa está entre as quatro mais faladas no mundo. Isto prova a importância econômica e cultural dos povos que falam esta língua.
Até a China está muito interessada em divulgar a língua portuguesa, por causa dos seus interesses econômicos.

Um abraço.

Pois é camarada: Certa feita, prestei serviços para um médico e ele gostou tanto que me aconselhou a dar manutenção em equipamentos hospitalares. Mas sempre foi minha intenção trabalhar nesta área que é melhor remunerada, sem falar na realização pessoal em ajudar a salvar vidas. Disse-me ele que se conseguisse descobrir o "caminho", iria me recomendar mas já adiantando que seria muito difícil pois esta área (aquí no BR)seria uma espécie de clube fechado, entende? Acabou não dando certo mesmo, mudei de Estado e não mais tive contacto com este médico. Se eu pudesse, consertaria os aparatos até sem cobrar nada, desde que me fornecessem ao menos o material necessário, mas essas coisas por aquí são complexas, envolve politicagem, má vontade, falta de visão política, interesse financeiro, etc. Abraços à todos e sucesso!