Olá,
Gostaria de lançar aqui um desafio a todos os participantes deste forum.

Vou trabalhar num projecto de instalação de microhidrícas em Angola, levar energia eléctrica a povoações em zonas remotas, que não têm energia.

Para isso vamos usar turbinas que vão ser a fonte motriz de geradores de imans permanentes, estes geradores são trifásicos AC em estrela, e podem debitar até 600 V nas 3 fases.(L1, L2 e L3 sem neutro)

O que pretendo é um dispositivo que me forneça energia utilizável - 220 VAC 50 HZ , que colmate as oscilações provocadas pela variação da rotação do gerador, e que estabilize a corrente de saída.

Não pretendemos rectificar ac-dc pois não queremos usar baterias nem elementos sujeitos a desgaste e manutenção.

O que vos parece?

Agradecia comentários

A frequência é dada pela rotação, estabilizar a frequência, em alguns casos, é feito por um processo mecânico de desmultiplicação. Basicamente, o rotor fica sempre a girar à mesma velocidade.
Fazer isto eletronicamente é muito complexo para uma tensão reduzida (600V).
O processo é idêntico ao alternador de uma automóvel, tem um excitador que obriga o gerador a ficar numa velocidade constante.
Nas centrais hídricas, é controlado o caudal e a velocidade por este processo.

Olá Rui,

Obrigado pelo comentário.

Como referiste, em relação à frequeência é uma questão de controlar o caudal, mas a solução electrónica existe?, a solução que envio neste link é mais uma falácia à Brasileira? produto brasileiro.

Recebemos de parceiros chineses inversores tiegrid que não nos servem para nada, pois estes para arrancarem necessitam de estar ligados à rede eléctrica pública, rede esta que não existe (inversores chineses

A ideia é arranjar um produto similar, mas que funcione independentemente.

Cumprimentos

Esse aparelho de fabrico Brasileiro é um protetor, não mexe na frequência, usava-se em Portugal nos TVs a válvulas( embora com outra tecnologia) quando existiam grandes variações na tensão fornecida pelos operadores. No caso do Brasil, com áreas muito dispersas e linhas com centenas de Km, ajustar a produção ao consumo é complicado e algumas zonas têm ainda grandes variações de tensão ainda mais porque a distribuição é efetuada em 110V(já existe distribuição em 240V em algumas zonas).

Os grid-tie são concebidos para injetar tensão numa rede existente, o seu principio de funcionamento é o sincronismo entre as duas redes que, de outra forma, rebentaria com tudo por existir desfasamento. Sendo assim, e para que o aparelho tenha um custo baixo, usa-se a frequência da rede existente (normalmente a pública) para sincronizar ambas as produções.

Como esta questão me despertou curiosidade, liguei para um engenheiro que sei ter colaborado em várias barragens hídricas de grande dimensão. A resposta foi mesmo essa, os geradores usam o processo a que ele chamou excitador (o mesmo processo do alternador do automóvel) para ter sempre a mesma rotação. Neste caso concreto, julgo ser o mais simples e eficaz e com o custo mais baixo, como desconheço ao pormenor para ajudar, pode ser que algum colega tenha informação mais rigorosa.

No caso do produto Brasileiro, então aquela demonstração no youtube sobre a frequência é mesmo fictícia não é verdade?

Voltando aos pmgs, esses excitadores devem ser montados de raiz no gerador, ou será possível adaptar em pmgs que não têm excitadores?, de qualquer das formas estamos decididos a controlar a rotação através do caudal.

Posta de parte a questão da frequência, por forma a termos o gerador a trabalhar sincronamente com as 3 fases, como convertemos estas 3 fases em monofásico 220 V e onda pura?, com um transformador?

Cumprimentos