Transístor Horizontal
O transístor de potência do oscilador do circuito horizontal de uma TV, é um dos componentes principais no televisor. A sua elevada potência, as condições de funcionamento e os diversos circuitos que realimenta, tornam-o num dos componentes com um maior número de avarias e em que a sua reparação pode ser complexa, quando a deterioração do componente é provocada por circuitos externos, o transformador de linhas (flyback) é muitas vezes responsável pelos danos criados neste componente, um rápida verificação ao transformador de linhas é sempre aconselhável.
Evitar que o transístor horizontal queime.
Deve realizar-se uma sequência de operações para que se evite que o transistor de saída de linhas volte a queimar. Deve carregar a saída da fonte para o horizontal com uma resistência de 350 Ohm com 100W (pode utilizar uma lâmpada, verifique o valor da resistência) aproximadamente, desligar a tensão da fonte que entra no transformador de linhas (fly-back) e controlar a forma de sinal que entra na base do transístor. A intenção é provar que a excitação de base do transístor é a correcta antes que circule tensão pelo colector e o transistor se queime. Preste especial atenção ao ponto onde desligar a fonte, porque o driver antes do transistor é normalmente alimentado pela fonte.
Na figura pode-se observar o oscilograma sem tensão . A diferença para um oscilograma normal, com a fonte e colector activo, verifica-se na parte superior a. O que acontece é que todos os transístores têm uma considerável resistência intrínseca do emissor. Quando circula corrente pelo colector circula também pelo emissor uma queda de tensão que se opõe ao sinal de excitação. Assim, a corrente de base reduz-se, essa redução depende da corrente de colector. No fim, o traçado da corrente de colector atinge o máximo, é onde a excitação se reduz mais (justamente onde se requere maior excitação). Outra causa que modifica, é a indutância magnética do transformador. Quanto maior a indutância, mais nivelada é a corrente de base directa. Um transformador com uma espira em curto, pode reduzir consideravelmente este parâmetro, e não é uma falha muito comum. Se a excitação for superior a 500Ma pode seguir. Quando se está a reparar um tv actual é possível que a protecção contra o mau funcionamento do horizontal dispare.
Protecção do horizontal:
- Contornar a protecção horizontal.
- O mais adequado é localizar a protecção e anular.
- Se o sistema funciona uns segundos antes da protecção ficar activa, medimos antes de disparar a protecção Cortar a saída do horizontal
Se o transistor anterior chegou funcionar umas horas, porque não a substituição directa ?
Com algumas horas há tempo para verificar todo o funcionamento da etapa.
Se, um transistor dura um par de horas não significa que todos os transistores durem o mesmo. Se o problema é da excitação e o transistor trocado tem um beta mínimo, a catástrofe pode acontecer em poucos segundos. Para isso vamos utilizar o minimo de tensão de fonte no horizontal. Utiliza-se para isso uma fonte de 6v (com 1 ampere no mínimo) e verifica-se a forma de onda no colector que deve ser idêntica à figura.
Na parte superior do oscilograma pode observar-se em azul o sinal do colector, e na parte inferior (vermelho) a tensão existente no secundário do transformador. Observe que a tensão do colector chega a uns 50v com 6v na fonte; isto significa que chegará a 100V quando a fonte debitar 12V e a 1Kv quando a fonte tem o seu valor nominal de aproximadamente 120v. Esta proporção é o indicador de que todo funciona normalmente. Observe que a bobina do secundário tem uma tensão invertida em relação ao primário e que o diodo que rectifica a meia onda período de atraso. Assim, na maioria dos casos reais, a circulação da corrente pelo díodo auxiliar durante o tempo de curto o atraso dura 82% e o retardo 18% A ideia de que com uma fonte de um vigésimo do valor nominal, todas as tensões instantâneas se devem reduzir nessa proporção, os tempos devem-se manter e qualquer aquecimento será uma quadragésima parte (isso deve-se à potência utilizada que varia com o quadrado da tensão aplicada, desta forma, permite-nos uma prova concludente e pouco exigente.
Aquecimento excessivo do transístor
O eterno problema dos transístores ficarem em curto por elevada dissipação térmica.
Instalar uma resistência de 1 ohm em série entre o terminal do secundário do transformador driver e a massa, para poder medir nesse ponto o sinal de excitação do transístor de saída de linhas.
Cortar o +B deixando sem alimentação o colector do TR de saída,
verificar a forma de onda no resistor de 1 ohm que será de
forma quadrada e com uma amplitude de aproximadamente 900
milivolts o que indica que pela junção base-emissor circula uma intensidade de
900 miliamperes para esta
condição de colector sem alimentação (ver figura). Isto indica que a excitação é a adequada.
Passo 2
Alimentar o terminal do +B no fly-back com 6 volts e visualizar a forma de onda no colector do osciloscópio (ver figura seguinte ). Pode verificar-se o pico cuja duração não deve ser maior que 12 microssegundos, a amplitude será de uns 50 volts, o que indica que quando a alimentação é de aproximadamente: 120 volts os picos de colector estão por volta dos 1000 volts.
Passo 3
Restabelecer a alimentação normal no fly-back, medindo de novo a tensão na resistência de 1 ohm . A forma de onda deixa de ser quadrada e passa a ser semelhante à imagem da figura.1, A amplitude no instante de corte deverá ser de uns 600 mV o que indica que a corrente de base no momento em que a corrente de colector está no máximo está acima dos 600 mA, valor que se considera apropriado.